segunda-feira, 30 de abril de 2012

Médico cristão é demitido por enviar por e-mail uma oração a colegas do hospital

Um médico cristão foi a um tribunal do trabalho na Inglaterra esta semana alegando ter sido demitido injustamente, apenas porque enviou um e-mail com uma oração para seus colegas.
David Drew, 64, do Walsall Manor Hospital, é médico há 40 anos e chegou a ser diretor clínico do hospital onde trabalhava. Mas afirma que foi perseguido e demitido após não aceitar uma ordem para “evitar utilizar referências religiosas em suas comunicações profissionais, verbais ou escritas”.
Três anos atrás, o Dr. Drew repassou uma oração escrita no século 16 por Santo Inácio de Loyola, fundador dos jesuítas, a seus colegas do Walsall Manor para “tentar motivar o departamento”.
A mensagem era:
“Ensina-nos, Senhor, a servir-te como mereces:
A dar sem contar o preço,
A lutar sem contar as feridas,
A trabalhar e a não procurar descanso,
A doar sem pedir recompensa
Exceto o saber que fazemos tua vontade”.
Ele disse que iniciou com as palavras: ‘Acho isso uma inspiração pessoal em meio a meus esforços frágeis e imperfeitos em atender meus pacientes, suas famílias e o nosso departamento’. Algum tempo depois foi acusado de enviar uma mensagem “indesejável” a um colega no dia de Natal, que dizia simplesmente “tenha um Natal de paz”.
Seu colega, o doutor Rob Hodgkiss, respondeu com ‘você também’, mas enviou uma queixa ao hospital dizendo que aquilo era “uma invasão agressiva e indesejável”
Dr. Drew, disse ao tribunal em Birmingham que não entende a proibição de usar linguagem religiosa no trabalho, e que nega as acusações de “impor sua religião para outras pessoas, e de que era um maníaco religioso”. “Não sabia que um simples e-mail poderia me causar tantas dificuldades e acabar na minha demissão”, lamentou.
O tribunal ouviu os seus problemas, que começaram depois que ele fez uma série de denuncias sobre procedimentos “suspeitos” de alguns funcionários, que incluía a suspeita de abuso sexual de menores. Por isso, ele acredita que sua fé acabou sendo incompatível com algumas posturas dos colegas.
O doutor Drew e sua esposa Janet, 61, frequentam uma igreja batista e dizem aguardar que a justiça seja feita em seu caso.

domingo, 29 de abril de 2012

Centenário da Assembléia de Deus

    A Faculdade Gospel é a única do Mundo que tem o Curso de Pastor reconhecido e válido; com solenidade de Colação de Grau, que credencia o formando como Autoridade Eclesiástica no Brasil e Exterior, e ainda faz a Separação, Unção, Consagração e a Ordenação de todos que tem o Chamado e Vocação para o Ministério Pastoral podendo abrir a sua própria Igreja. Podem ser Consagrados Homem e Mulher acima de 21 anos de qualquer.

Caso não seja aluno deve exercer a obra no mínimo 2 anos e apresentar breve currículo ministerial com referências, antecedentes criminais e certidão de casamento. A Consagração é para todos os cargos dentre eles: Pastor; Presbítero, Bispo, Evangelista, Apóstolo, Conferencista Internacional, Missionário, Teólogo, Ministro de Louvor, Regente, Obreiro e Doutor etc.

Os participantes do Congresso poderão receber: Diploma e Credencial de Consagração e Ordenação; Ata Registrada em Cartório; Carta de Apresentação e Recomendação a Nível Internacional ; Kit dos DVD´s do Evento; Foto Oficial; Estatuto, Regimento e Ata para legalizar sua Igreja e Ministério.

“... e disse o Senhor Deus: levanta-te, e unge-o, porque é este mesmo. Então Samuel tomou o chifre de azeite, e ungiu-o no meio de seus irmãos: e desde aquele dia em diante o Espírito do Senhor se apoderou de Davi.” 1º Samuel 16:12.13

sábado, 28 de abril de 2012


ESTUDOS DA BÍBLIA
OBJETIVO: Apresentar a salvação toda: a salvação da culpa do pecado por meio da justificação, graças ao sacrifício vicário de Jesus Cristo; a salvação do poder do pecado por meio da santificação progressiva, graças à habitação do Espírito em nós; e a salvação da presença do pecado em nós e ao nosso redor por meio da glorificação do corpo e da criação, graças ao poder de Deus em fazer novas todas as coisas.
MEU LEMA: (JO 3:16) - Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Aqui você encontrará diversos assuntos relacionados com a Palavra de Deus.
MENSAGEM:
PERDAS E GANHOS
FP 3:7 - Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo.
A matemática é uma ciência exata, e a contabilidade não poderia ser diferente. Quando queremos saber se algum empreendimento está dando lucro, valemo-nos dela e registramos as perdas e os ganhos a fim de averiguar o saldo, que pode ser positivo ou negativo. Na vida não é diferente – e para o brasileiro isso parece ainda mais real, pois constantemente ele se pergunta: “O que eu ganho com isso?”
Ouço algumas pessoas dizer que não querem tornar-se cristãs porque perderão muitas coisas que o  mundo tem a oferecer. Mas será verdade? Resolvi então fazer um balanço: O que eu ganho e o que perco em seguir a Cristo?
Perdi a culpa do pecado e ganhei o perdão e a reconciliação com Deus.
Perdi a escravidão que o pecado me impunha e ganhei a liberdade em Cristo.
Perdi a ganância em obter sempre mais e mais e ganhei a satisfação e a gratidão com o que já tenho, sabendo que Deus vai suprir todas as minhas necessidades (Fp.4:19).
Perdi a vontade de buscar em bebidas, drogas ou festas uma alegria passageira e ganhei a verdadeira felicidade, de mesmo em meio a grandes dificuldades ter a alegria do Senhor.
Perdi alguns “amigos”, que muitas vezes só eram meus amigos por interesse, e ganhei muitos irmãos e irmãs em Cristo.
Perdi a necessidade de confiar em mim e em meus fracos recursos e ganhei a confiança em um Deus que é muito maior, que sabe todas as coisas, que está sempre presente e me ama.
Perdi a necessidade de buscar uma razão para a vida e ganhei a perspectiva de Deus do que realmente importa e que é eterno.
Posso dizer o mesmo que Paulo, que aos olhos humanos perdeu uma posição invejável, mas ganhou a Cristo, algo muito mais precioso.
Faça um balanço de sua vida e, se o saldo der negativo, convide Cristo para entrar nela e transformar seu patrimônio.
Com Cristo o saldo da sua vida será sempre positivo.
(Transcrito Pão Diário 14)

sexta-feira, 27 de abril de 2012

O Fim do Mundo em 2012



Hoje em dia, ler o jornal de manhã ou consultar as notícias pela internet pode ser uma experiência desagradável para qualquer um. Bombas terroristas no Oriente Médio, os ataques de Israel contra Gaza, as enchentes no Brasil, a recessão nos Estados Unidos, a crise econômica mundial, o genocídio em Darfur, as revoltas sociais pipocando pelo planeta. Para milhões de pessoas, esses pequenos fatos dramáticos da vida cotidiana indicam uma tragédia terrível – o fim do mundo.
A boataria sobre o fim do mundo previsto para 2012, baseado no Calendário Maia, está crescendo cada vez mais em popularidade entre as pessoas em geral, em vista da proximidade da data, e também pelo momento atual que estamos atravessando, que tem sido particularmente difícil no mundo graças à crise econômica mundial (devido às políticas irresponsáveis de Bush).
E agora muitos religiosos ficam profetizando que o fim do mundo está chegando, que estamos nos últimos dias, que logo vai ser a hora do Juízo Final, que o retorno de Jesus é iminente, e que a cada dia se vêem mais e mais sinais do Apocalipse.
Vocês mesmos já ouviram isso inúmeras vezes em conversas do dia a dia, em pregações, já leram várias vezes na Internet e em diversas mídias impressas, já assistiram reportagens e documentários sobre o assunto, e alguns de vocês já até acreditaram nessas coisas, e muitos outros nem acreditam nessas bobagens e não levam a sério.
Porém, muitos fins de mundo já foram previstos, profetizados, tiveram as suas datas marcadas, muitas pessoas acreditaram, falou-se muito sobre o assunto, criaram-se inúmeras expectativas, e os dias vieram e passaram, e nada aconteceu, para decepção geral dos que acreditavam nessas coisas. Acabam caindo em descrédito, e ainda por cima ficam amargurados com a sensação de que fizeram um papelão ridículo.
Essa será mais uma decepção futura. Podem ter certeza disso.
Mas mesmo assim, não ira parar por ai. Haverão outras datas em que predirão o fim do mundo, outras ocasiões em que pessoas irão se reunir esperando o fim (como naquele caso do profeta russo que se escondeu dentro de uma caverna por algumas semanas, até que duas pessoas morreram e tiveram de sair para que o cheiro pútrido não os envenenasse), e mais sensacionalismo movido pelo combustível da credulidade das pessoas (precisamos educar melhor as pessoas), de qualquer jeito, sempre tem pessoas que se auto-intitulam “profetas” naquelas pequenas igrejas, com as suas previsões que possuem uma elevada taxa de “sucesso” de 0,00000001% e etc.
Iremos abordar aqui essa crença que está vigente em nossa sociedade ocidental (excluindo os orientais e outras sociedades não-ocidentais), que está na mente do povo, amplamente difundida pela mídia sensacionalista, em artigos publicados em sites religiosos apocalípticos, em pregações de pastores (evangélicos, adventistas, TJs, pentecostais, etc), em revistas e jornais pseudo-científicos (que mascaram idéias religiosas com uso de linguagem científica para enganar os seus leitores e levando-os a acreditar que são reais – isso te cheira a Criacionismo?), são divulgados em conversas pessoais, rodas de amigos, fóruns da internet e do Orkut, correntes de emails, em esforços de evangelização (sob a alcunha sutil de “arrependa-se antes que seja tarde demais”), e até mesmo no próprio tecido social herdado das religiões monoteístas e abraâmicas.
Inúmeras vezes, esse tipo de coisa aconteceu nos dois milênios da Era Comum, principalmente entre os cristãos, e não iremos falar deles por ora. Isso ficará para um artigo futuro, em uma abordagem mais direta, pois reconhecemos que o tema é extenso e exige muito trabalho em pesquisa histórica e bibliográfica.
O mais estranho de tudo isso, é a mistura de apocaliptismo cristão com um calendário produzido por uma cultura totalmente diferente, que desapareceu após a chegada dos espanhóis durante os séculos XVI e XVII nas Américas. Uma das razões deste artigo estar na série GMR é justamente a fusão (uma espécie de sincretismo) entre essas duas coisas.
Enfim, vamos refutar esta tremenda bobagem de 2012, usando a lógica e a razão, e com todas as ferramentas científicas às nossas mãos, e dissecar todas as previsões cuidadosamente e mostrar o lado real das coisas. Claro que temos de admitir que, um dia, tudo o que conhecemos em nossas vidas terá o seu fim, que a sociedade como a conhecemos poderá deixar de existir, que a Humanidade será extinta, e que nada sobrará de nos. Pode acontecer hoje, amanhã ou daqui a mil anos. Falaremos disso também, das ameaças mais prováveis à nossa civilização humana. A diferença é que usaremos a lógica e a razão com serenidade, em vez do irracionalismo, credulidade e o fanatismo religioso.
O Calendário Maia
A “profecia maia” já tomou uma grande proporção na internet pelo mundo todo com milhões de adeptos acreditando firmemente que o mundo vai acabar em 2012. A profecia maia está vendendo muitos livros e rendendo muitas palestras, documentários e DVDs pelo globo. Há uma infinidade de teorias diferentes, espalhadas em diversos cantos.
Mas de onde veio a idéia de que era uma profecia ? De onde tiraram isso ? E como isso se encaixa nos dias atuais em que estamos vivendo em nosso planeta ? Primeiramente, precisamos investigar a história desse calendário, que iremos descrever aqui, usando diversas fontes.
História
Os maias se originam de uma região chamada Mesoamérica, ou América Média. A região fica entre o México e a América do Sul e era o lar de muitas outras culturas, incluindo os astecas, os olmec, os teotihuacan e os toltec. Os maias viveram onde hoje está a Guatemala, Belize, Honduras, El Salvador e o sul do México (Yucatán, Campeche, Quintana Roo Tabasco e Chiapas).
A história maia é dividida em três períodos:
  • formativa ou Pré-clássica: 2000 a.C. até 300 d.C;
  • clássica: 300 d.C. até 900 d.C;
  • pós-clássica: 900 d.C. até a Inquisição espanhola em meados de 1400.
Os mesoamericanos começaram a escrever na metade do período pré-clássico . Os maias foram os primeiros a manter um tipo de registro histórico e então, surgiram os primórdios do calendário. Os maias utilizavam os stelae, ou monumentos de pedra, para marcar os eventos civis, os calendários e o conhecimento em astronomia. Eles também registraram suas crenças religiosas e a mitologia em cerâmicas.
Os maias não foram os primeiros a usarem um calendário – existiram calendários antigos usados por civilizações do mundo todo – mas eles realmente inventaram quatro calendários diferentes. Dependendo de suas necessidades, os maias usavam diferentes calendários para registrar cada evento, sejam sozinhos ou uma combinação de dois calendários.
Veremos agora o primeiro calendário utilizado pelos maias, o calendário Tzolk’in.
O calendário tzolk’in foi o primeiro utilizado pelos maias. A maioria dos calendários utilizados na Mesoamérica eram compostos por 260 dias. O calendário tzolk’in, ou círculo sagrado, seguiu a mesma convenção. Uma teoria para essa duração de 260 dias é a duração da gravidez, e esse calendário foi baseado nisto. Outros dizem que era o tempo usado para cultivar milho. É mais correto que tenha sido baseado em números.
Os números tinham grande significado na cultura maia. Por exemplo, o número 20 significa o número de dígitos que uma pessoa possui – 10 dedos nas mãos e 10 dedos nos pés. O número 13 se refere às juntas principais do corpo humano por onde se acredita que as doenças entram para atacar – um pescoço, dois ombros, dois cotovelos, dois pulsos, dois quadris, dois joelhos e dois calcanhares. O número 13 também representava os níveis do paraíso onde os lordes sagrados reinavam sobre a Terra.
São estes números, 20 e 13, que são utilizados para fazer o calendário tzolk’in. No calendário gregoriano, nós temos sete dias da semana e, dependendo do mês, de 28 a 31 dias. O calendário tzolk’in é feito de 20 nomes de dias e 13 números. Os dias são numerados de um a 13 e os nomes também aparecem em uma seqüência. Para entender mais sobre a matemática maia, clique AQUI.
O início do calendário tzolk’in começa com o primeiro nome de dia , imix’, e o número um. Os dias continuam em seqüência até que todos os 13 números sejam usados. Então, os números começam novamente com um, mas os nomes dos dias continuam com o 14° dia. Quando chegar no 13 b’en, você deve continuar com 1 Ix, 2 men, 3 kib’, e assim por diante até 7 ajaw. Neste ponto, os nomes dos dias começam de novo, mas os números continuam: 8 Imix’, 9 Ik’, 10 ak’b'al, e assim por diante.
Pense em duas engrenagens trabalhando em conjunto. Uma possui os 20 nomes dos dias e seus hieróglifos correspondentes. A outra menor possui os números de um a 13. Se você prender essas engrenagens uma na outra no número 1 com o dia Imix’, e depois girá-las até chegar no um com Imix’ novamente, você terá 260 dias, completando todo os calendário tzolk’in.
Para saber mais detalhes sobre o assunto, clique AQUI.
É fácil perceber a importância que os maias colocavam no calendário tzolk’in. Por exemplo, eles acreditavam que a data do seu nascimento determinava as características que você demonstra em sua personalidade – quase a mesma crença que as pessoas têm sobre na astrologia atual.
Os maias também utilizavam o calendário para determinar a agenda da colheita: É preciso um ciclo de 260 dias para preparar a terra e plantar o milho, e um ciclo de 260 dias para cultivar e colher o milho.
Os homens sagrados utilizavam o calendário para determinar quando eventos aconteceriam ao longo do ano. No início de cada uinal (período de 20 dias), um xamã contaria a partir daí para determinar quando os eventos e as cerimônias religiosas aconteceriam. Então, ele ajustava as datas que seriam as mais prósperas ou mais afortunadas para a comunidade.
Enquanto estas foram algumas das utilizações do calendário tzolk’in, ele não podia ser utilizado para qualquer coisa. Por exemplo, ele não media um ano solar, o tempo necessário para que o Sol complete um ciclo. Por causa disso, os maias precisavam de um calendário mais preciso para medir o que nós conhecemos como um ano completo.
Agora veremos as próximas tentativas, o calendário haab e o ciclo do calendário.
O calendário haab e o ciclo de calendário
O calendário haab é muito parecido com o calendário gregoriano que utilizamos atualmente. Ele é baseado no ciclo do Sol, e era utilizado nas atividades de agricultura, de economia e de contabilidade. Muito parecido com o calendário tzolk’in , também era composto de uinals e cada dia tinha seu próprio hieróglifo e um número. Todavia, ao invés de usar 13 uinals para 260 dias, o calendário Haab tinha 18 uinals, resultando em 360 dias.
Os astrônomos perceberam que 360 dias não eram suficientes para que o Sol completasse o seu ciclo. Eles argumentaram que o calendário deveria seguir o ciclo o mais próximo possível a fim de se obter uma precisão. Entretanto, os matemáticos maias não percebiam dessa maneira. Eles queriam manter as coisas mais simples, em conjuntos de 20, assim como o seu sistema matemático. Os astrônomos e os matemáticos finalmente concordaram com os 18 uinals, com cinco “dias sem nomes” chamados de wayeb.
O wayeb, ou uayeb, é considerado um “mês” de cinco dias e é conhecido por ser uma época muito perigosa. Os maias acreditavam que os deuses descansavam durante esse período, deixando a Terra desprotegida. Os maias realizavam cerimônias e rituais durante o wayeb na esperança de que os deuses retornassem novamente. Mais detalhes, clique aqui.
Enquanto esse calendário era mais longo do que o tzolk’in, os maias queriam criar um outro que pudesse registrar ainda mais tempo. Por essa razão, os calendários tzolk’in e Haab foram combinados para criar o ciclo de calendário.
No ciclo de calendário, os 260 dias do calendário tzolk’in são combinados com os 360 dias e os cinco dias sem nome do calendário haab. Os dois calendários são combinados do mesmo modo dos dias e números do tzolk’in (lembre-se da ilustração das engrenagens da segunda página). Isso dá ao ciclo de calendário 18.890 dias únicos, um período de tempo de cerca de 52 anos.
Nem o calendário tzolk’in e nem o calendário haab contavam mais do que um ano. Os maias queriam registrar a história e decidiram criar um calendário que os daria um período maior do que um ano. Na época, o ciclo de calendário foi o mais longo da Mesoamérica. Os historiadores da época, entretanto, queriam registrar a história maia para as gerações futuras. Eles queriam um calendário que os levaria através de centenas ou até milhares de anos (o que nós descreveríamos como séculos e milênios). Entra o calendário de longa contagem.
O calendário de longa contagem
Infelizmente, o calendário de longa contagem não é tão simples como combinar dois calendários para se ter novas datas. É um pouco mais complicado e abstrato. A fim de entender a longa contagem, você primeiro precisa estar familiarizado com alguns termos:
  • um dia – kin
  • 20 dias – uinal
  • 360 dias – tun
  • 7.200 dias – katun
  • 144.000 dias – baktun
A duração do calendário de longa contagem é chamada de o grande ciclo, e tem aproximadamente 5.125,36 anos. Para encontrar a data do calendário de longa contagem correspondente a qualquer data gregoriana, você vai precisar contar os dias a partir do início do último grande ciclo. Mas, determinar quando o último ciclo começou e combiná-lo com uma data gregoriana é um desafio e tanto. O antropólogo inglês, Sir Eric Thompson se encarregou de determinar a data e ele pesquisou a Inquisição espanhola para auxiliá-lo.
O resultado ficou conhecido como a Correlação Thompson. Os eventos da Inquisição foram registrados no calendário maia de longa contagem e no calendário gregoriano. Os estudiosos então reuniram datas que combinavam em ambos os calendários e as compararam com o Código Dresden, um dos quatro documentos maias que sobreviveram à Inquisição. Esse código confirmou a data há muito tempo tida por Thompson como sendo o início do grande ciclo atual – 13 de agosto de 3114 a.C.
Agora que encontramos o início do grande ciclo, vamos colocar a longa contagem em prática. Nós iremos usar uma data que é familiar para muitas pessoas – 20 de julho de 1969, o dia em que a Apollo 11 pousou na Lua. No calendário de longa contagem, esta data é representada como 12.17.15.17.0. Você perceberá que existem cinco números nesta data. Lendo da esquerda para a direita, o primeiro lugar significa o número de baktuns desde o início do Grande Ciclo. Neste caso, existiram 12 baktuns, ou 1.728.000 dias (144.000 x 12) desde 13 de agosto de 3114. O segundo número está relacionado ao número de katuns que passaram. Então, ele continua à direita com o número de tuns, uinals e kins.
Agora que já explicamos como funciona o calendário, iremos proceder agora à raiz de toda essa celeuma, que é o ano de 2012.
O calendário de conta longa é apenas um entre os vários que os maias usavam. Assim como os nossos meses, anos e séculos, ele se estrutura em unidades de tempo cada vez maiores. Cada 20 dias formam um “mês”, ou uinal. Cada 18 uinals, 1 tun, ou “ano”, cada 20 tuns faziam um katun e assim sucessivamente. Enquanto o nosso sistema de contagem de séculos não leva a um fim, o calendário de conta longa maia dura cerca de 5.200 anos e se encerra na data 13.0.0.0.0, que para muitos estudiosos (infelizmente não há um consenso a respeito) corresponde ao nosso 21/12/2012 no calendário gregoriano.
Isso não significa que eles esperassem pelo fim do mundo naquele dia. Ou seja, os povos ameríndios não tinham apenas uma concepção linear de tempo, que permitisse pensar num fim absoluto. E em nenhum lugar se diz que o ciclo que estamos vivendo seria o último. A maioria dos estudiosos acredita que, após chegar à data final, o calendário se reiniciaria. Assim como, para nós, o 31 de dezembro é sucedido pelo 1 de janeiro, para eles o dia 22/12/2012 corresponderia ao dia 0.0.0.0.1.
A realidade é que a profecia maia é, do ponto de vista científico, apenas um mito. E mesmo se existisse uma profecia, porque uma cultura que fazia sacrifícios rituais humanos deveria ter qualquer credibilidade em afirmar o que aconteceria séculos depois com o planeta?
Pior ainda, nem puderam prever o próprio fim..!
Tudo começou com a divulgação das descobertas arqueológicas sobre a civilização maia, em que se desvendou a história de sua ascensão e queda, o desenvolvimento científico e tecnológico antes de sua queda pelas mãos dos espanhóis, a tradução dos escritos maias e depois divulgadas, um melhor conhecimento de sua cultura e religião.
Porém, como sempre acontece com toda e qualquer descoberta científica de relevante interesse publico, há aquelas pessoas que vivem com a cabeça cheia de bobagens, teorias conspiratórias, escritores em busca de fama e reconhecimento, aproveitadores de má-fé, religiosos fanáticos, jovens mergulhados na besteira do New Age, pseudo-cientistas obscurantistas, alem de crédulos, o legado da civilização maia foi entendido de forma errada, o seu sentido original distorcido e interpretado de maneiras não cientificas, a fim de satisfazer o apetite do público leigo e ávido por novidades pseudocientíficas que os entretenham e possam ter um assunto fútil com quem conversar com os seus amigos e colegas.
Um exemplo dessa bobagem, são as Sete Profecias Maias. Cliquem nesse link, mas advertimos que não passa de puro besteirol, o mesmo tipo de matéria que pode ser encontrado facilmente nas revistas Planeta da vida ou em jornais da imprensa marrom (que nem os tablóides ingleses, onde com freqüência noticiam aparições de OVNIs, ressurreições de Elvis Presley ou que Jesus foi visto em Jerusalém).
E quais são as profecias previstas para 2012 ?
Iremos dar uma olhada em um desses sites apocalípticos (há vários pela internet toda – basta digitar 2012, Apocalipse, Maias, Calendário Maia, etc – e você terá uma longa fila de links, tornando muito difícil encontrar um site confiável com fontes idôneas). Por exemplo, temos o site Porque 2012, que lista as seguintes profecias:
  • Inversão dos pólos da Terra
  • Tormentas solares
  • A passagem do planeta Hercolobus (ou vários outros planetas misteriosos)
  • O apocalipse cristão e o retorno de Jesus
  • Chegada de extraterrestres em discos voadores
  • Mudanca de consciência da Humanidade
  • O fim do sistema econômico
E por ai vai, com um desfile de inúmeras bobagens. Muito mais podem ser encontrados em sites religiosos, sobrenaturais, mistério, entretenimento fútil, etc. Vocês podem até mesmo encontrar inúmeros vídeos no You Tube (alegando que foram produzidos pela History Channel, Discovery, BBC, etc – para dar um ar de credibilidade e confiabilidade), ou vastas bibliotecas de livros sobre o assunto, cada qual abordando o ano de 2012 sob um aspecto diferente e misturando várias coisas (como civilizações antigas que “previam” o fim no século XXI, o momento atual pelo que estamos passando na Terra, etc) e dar a sua interpretação, para os crédulos digerirem e depois defecarem por aí, contaminando a mente de outros crédulos (teoria do meme, lembram?) e espalhar-se cada vez mais, até chegar ao seu ponto culminante, que é o ano de 2012.
Podem ter certeza de que, quanto mais próximos estivermos desse ano, maior sera a enxurrada de livros, artigos, filmes, vídeos, reportagens sensacionalistas, camisetas, canecas, kits de sobrevivência pós-2012, religiosos se escondendo em cavernas ou bunkers esperando Jesus voltar “em glória”, pregações apocalípticas, igrejas ficando cheias de pessoas com medo e se arrependendo de seus pecados, aproveitadores levando os bens das pessoas à espera do fim, etc
Onde foi que já vimos esse filme antes ?
A última vez em que isso aconteceu recentemente, foi o famoso Bug do Milênio. E como todos sabem, o mesmo drama que descrevemos acima, se repetiu, e adivinha só o que aconteceu? Isso mesmo… não aconteceu nada! No máximo uma meia dúzia de computadores deu pau, mas nada mais que isso. O mesmo acontecerá com 2012, o ano virá e passará, e o mundo irá continuar girando como sempre.
A única coisa interessante é o filme “2012″ que irá chegar ao cinema, e poderemos nos divertir um pouco, dar umas risadas e comer uma pipoca com a namorada. Só que ele vai estrear neste ano, e poderemos ter uma idéia antecipada das maluquices que pipocam na mente dos pobres crédulos. Mas não esperem uns fanáticos religiosos carregando tabuletas do lado de fora dos cinemas. Isso so existe na Igreja de Westboro (aquela mesma que vive pregando o ódio aos gays).
Mas e a refutação?
Na minha opinião, não vale a pena perder tempo refutando essas bobagens proféticas, pois basta pensar um pouco, pesquisar no Google, que poderemos encontrar diversos artigos explicando muito bem as coisas. Mas como sempre temos muitos leitores preguiçosos (e alguns até mesmo querendo saber mais sobre as profecias e acharam que nós, da Ceticismo, pudéssemos dar credibilidade e afirmar que o fim do mundo está mesmo chegando), nós iremos colocar uns resumos explicativos das profecias citadas acima.
A inversão dos pólos
Segundo um resumo fornecido pelo Observatório Nacional, não se conhece qualquer relação entre inversão dos pólos e eras glaciais (que mais tem a ver com o movimento dos oceanos). Há duas questões, aí. Falamos de inversão dos pólos magnéticos. Como se sabe, a terra possui um campo magnético e as linhas de fluxo deste campo seguem aproximadamente nossos pólos geográficos. Temos indícios que esses pólos se invertem (o norte vai para o sul e o sul para o norte, mas nada tem a ver com a rotação da terra). Não se sabe exatamente porque esses pólos se invertem. O modelo é que a terra possui um núcleo rico em metais ferro-magnéticos (ferro inclusive). O alinhamento do campo magnético se dá, provavelmente, por influência do sol. Com esse modelo, os pólos não se inverteriam. Para saber mais precisamos de informações que estão próximas ao centro da terra e ainda não temos tecnologia para alcançá-lo (a não ser em Hollywood). Outra questão é o “deslocamento” dos pólos geográficos. Regiões, hoje cobertas pelo gelo, como a Antártida, sabemos que já floresceram grandes florestas tropicais. Outras, hoje sob calor de torrar, já foram cobertas de gelo.
Explicações para isso terminam no deslocamento do pólo, coisa que também não sabemos por que e como se dá. Observamos, atualmente, deslocamentos mais ou menos caóticos, de ordem de dezenas de metros, o que, tampouco sabemos explicar.
Vale acrescentar que a revista Scientific American Brasil publicou em maio de 2005 um artigo sobre o assunto, Viagem ao Geodínamo, por Gary A. Glatzmaier e Peter Olson, onde relatam pesquisas sobre os mecanismos das inversões magnéticas.
Além do artigo você pode ver em outro site, clicando AQUI. Para detalhes bem específicos, clique AQUI.
No artigo de capa da edição de abril de 2004, os pesquisadores do INPE, Aracy Mendes da Costa e Odim Mendes Júnior, trataram da Anomalia Magnética do Atlântico Sul, que também parece estar relacionada com o que você pesquisa.
Tormentas solares
Os ciclos do sol exercem influência nos ventos solares e conseqüentemente sobre a terra no que diz respeito a formação das Auroras Boreais e Tempestades Geomagnéticas (ver organograma). Nos períodos de menor atividade solar à formação de Auroras Boreais somente em regiões próximas dos pólos. Já nos períodos de maior atividade solar, além das auroras ocorrerem próximas dos pólos elas se estendem a regiões próximas ao equador, sendo que fisicamente elas são bem mais extensas e largas que as anteriores, que ocorrem nos períodos de baixa atividade solar. Alem disso, neste mesmo período, ocorre as chamadas Tempestades Geomagnéticas. Mais detalhes, clicando aqui.
A aparente hiperatividade do Sol alimenta especulações sobre bombardeio radioativo. Mas a estrela está se comportando conforme o previsto.
Muitos dos cenários para 2012 baseiam-se na idéia de que o Sol estaria passando por um período de atividade sem precedentes. Os defensores dessa tese ressaltam o fato de que, entre 28 de outubro e 4 de novembro de 2003, ocorreram algumas das maiores explosões solares já registradas. Em 20 de janeiro de 2005, a Terra registrou o maior bombardeio de partículas de alta energia oriundas do Sol. Como 2005 foi o ano do furacão Katrina, há quem vincule os fenômenos, sugerindo que o clima é governado por variações na atividade solar. Como a previsão dos astrofísicos é de que 2012 registre um ponto de alta atividade em nossa estrela, há quem acredite que a soma de tudo isso seja uma catástrofe.
As variações na atividade solar são causadas por mudanças na configuração do campo magnético que ocorrem a cada 11 anos. Para Adriana Silva Valio, pesquisadora do Centro de Radioastronomia e Astrofísica Mackenzie, basta dar uma olhada nos dados dos últimos oito anos para ver que o Sol tem se comportado normalmente. De lá para cá, a atividade reduziu-se, e a tendência é que, nos próximos anos, volte a se intensificar, alcançando patamares elevados em 2012. Tudo isso está dentro do esperado.
O decréscimo da atividade aconteceu mesmo com as superexplosões de 2003. “O fato é que a tecnologia para acompanharmos o fenômeno é muito recente. Talvez eventos semelhantes tenham acontecido no passado”, afirma Adriana. Ela também diz que o ciclo solar de 11 anos, por si só, não parece ser capaz de afetar significativamente o clima da Terra. “No ponto de maior atividade, a quantidade de energia solar recebida pela Terra cresce apenas 0,1%.”
Porém, ela diz que fatores desconhecidos e ligados ao Sol parecem sim afetar o clima na Terra. “No século 18, o Sol não apresentou manchas por sete décadas. O mundo ficou mais frio, e os canais de Veneza congelaram. Mas parece que para que mudanças assim ocorram levam décadas ou mesmo séculos”, diz.
Veja mais sobre o assunto, clicando AQUI.
O apocalipse cristão e o retorno de Jesus
Isso já descrevemos em nosso site sobre o “retorno” de Jesus, como vocês podem conferir clicando AQUI. Não vamos perder nosso tempo reescrevendo tudo, quando já podem consultar nosso próprio acervo de artigos.
Mas porque os religiosos que são crédulos, insistem em misturar as coisas ? Nós acabamos de falar como funciona o calendário maia (que, como já vimos, não tem nada de mais, apenas mais um sistema de contagem do tempo – e observem, muito mais preciso que o calendário gregoriano) e de sua importância para a cultura do povo maia (que infelizmente foi extinta pelos espanhóis – lembrem que em relatos históricos, foi citado de que os espanhóis batizavam as crianças indígenas e depois rebentavam-lhes as cabeças com a coronha de suas espingardas para que pudessem ir ao céu).
Podemos dizer que tal coisa é ridícula, é a mesma coisa que uma cultura paleolítica inventar um sinal, um marco, ou qualquer coisa que indique que o mundo vai acabar em 2050, e la vem um grupo dizer que isso é um sinal de que Jesus está voltando, que tudo isso confirma as profecias nas Escrituras, e que todos vamos penar no inferno.
A isso damos o nome de sincretismo. Sabem o que e isso, não ? De acordo com a nossa querida Wikipedia, esta é a explicação:
Sincretismo (originalmente “coalização dos cretenses”) é uma fusão de doutrinas de diversas origens, seja na esfera das crenças religiosas, seja nas filosóficas. Na história das religiões, o sincretismo é uma fusão de concepções religiosas diferentes ou a influência exercida por uma religião nas práticas de uma outra.
Resumindo, para quem é um religioso de verdade (se e que existe algum…), o mesmo diria que é uma blasfêmia misturar crenças pagãs com a crença ortodoxa de sua religião, que esse tipo de coisa é uma heresia, punível com morte, sofrimento eterno no inferno, ou qualquer linda ameaça (e não é novidade, não…). E nos ainda veremos muito dessas coisas, muitas vezes.
Logo, qualquer alegação dos religiosos de que o fim do mundo está próximo, baseando-se em antigas profecias de culturas não-ocidentais, não passa de puro beiteirol. Sim, isso mesmo. Besteira. Da próxima vez que você escutar uma coisa dessas, mande educadamente o seu amigo ir à merda estudar e se informar melhor.
O resto das profecias
Quanto ao restante das profecias, que tratam da passagem do planeta Hercólobus, uma visita não muito amistosa de alienígenas, uma mudança de consciência na Humanidade ou até mesmo o fim do sistema econômico mundial…
Eu realmente preciso refutar essa bobagem, preciso? Fala sério, vai!
Em termos das previsões “acertadas”, lembremo-nos que as previsões são sempre bastante vagas e muitas interpretações cabem lá dentro; cabendo sempre as interpretações que nós queremos dar… após os acontecimentos! Por outro lado, a estatística explica bastante bem as previsões que até possam ter sido específicas e acertaram. Todos os dias no mundo há imensas previsões feitas e estatisticamente falando algumas têm que ser acertadas! Dar relevância às que pensamos ser certas, não percebendo que existem muitas mais que são erradas é um erro muito comum em estatística.
Em termos históricos, basta lermos alguns livros para percebemos que em todas as eras existiram pessoas a prever que o fim estava perto. Sempre foi assim e sempre será, porque isso é que fará do nosso tempo o mais importante para viver. É uma mentalidade temporalcêntrica. E é bom relembrar que todas essas pessoas, sem exceção, estavam enganadas.
Se quiserem ler mais algumas refutações, vejam AQUI e AQUI.
Enfim, você não precisará entrar para nenhuma igreja ou religião e muito menos gastará seu dinheiro com charlatões ansiosos para lhe explorar ou perder seu tempo ouvindo os “sábios e gurus” com receitas tiradas de umas porcarias quaisquer de livros de auto-ajuda encontrados em um sebo obscuro por 1 real. Não passam de bobagem, podem ter certeza disso.
Assim decretaram os deuses da ceticismo:
O fim de mundo previsto para 2012 é uma besteira ! Mas se você acreditar nessas coisas, nós teremos o maior prazer em lhe vender um kit-sobrevivência
Por Luciano Lemos
Antes eu agradeço a minha Dezy pela tradução e pesquisa que serviram de material pelas postagens. As modifições foram mínimas. Aqui aprendemos não a admirar a figura do Toyotomi Hideyoshi como também aprendemos um pouco da história do Japão.
Em 1543, os Portugueses chegaram no Japão por Tanegashima, introduzindo Japão a arma de fogo, desde então os japoneses utilizavam espadas para combates.
Em 1549, Francisco Xavier, um missionário espanhol desembarcou em Kagoshima, dispertando a curiosidade e interesse por parte do daimio japonês da época Oda Nobunaga a respeito da cultura e vários produtos (tais como: pólvora, tempeiro culinário e ervas e outros tipos de comindas) da região na época conhecida como: Nanban (Portugal e Espanha e paises do sudeste asiático). Francisco Xavier então convence Daimyo Nobunaga a fundar a igreja católica no Japão e a partir de então, Shogun Nobunaga começou a defender o cristianismo por interesses políticos e financeiros. (Na história do Japão, escrito por japoneses o fato é este, porém em sites cristãos, citam que Nobunaga foi convertido ao cristianismo e ganhando o nome de batismo, Gerônimo. O que para o Japão não passa de um simples batismo que todos recebiam na época por pura curiosidade e não porque se entregavam a fé cristã )
Existem regristos no Japão sobre Nobunaga descrevendo sua personalidade desta forma: “Eu não acredito em Deus, mas se este existe, com certeza SOU EU!” Uma frase famosa de Nobunaga é: “Se o pássaro não canta, eu o mato.” De fato, Nobunaga foi um dos mais poderosos líderes do Japão, cujo até hoje em pleno século XXI possue fãs e admiradores de todas as idades.
Em 1582, enquanto Nobunaga e os seus companheiros estavam em Honnoji em Kyoto, Nobunaga foi surpreendido e assassinado por Akechi Mitsuhide, um dos seus principais generais. Os guerreiros de Nobunaga delegaram em Mitsuhide, que foi destronado dois dias depois por outro general de Nobunaga, Toyotomi Hideyoshi (1536-1598), que lhe sucedeu como o novo tenkajin.
Agora vamos aos fatos e suas causas.
Em 1587, Toyotomi Hideyoshi emitiu um decreto para expulsar os missionários de todo Japão. Consta no registro JAPONÊS que a colonização da Espanha no Japão causou conflitos entre cristãos e budistas e que os fanáticos cristãos-japoneses destruíram templos e santuários japoneses em nome de Deus. O outro motivo é até espantoso, pois é um assunto que mexe e muito com nós brasileiros: a escravidão. Chegou até Hideyoshi o fato de que portugueses estavam comercializando escravos japoneses em troca de pólvoras e outros tipos de produtos. Apesar do Japão não conhecer a arma de fogo antes de ser apresentadas pelos portugueses, os japoneses conseguiram fabricar por eles mesmos arma de fogo três vezes mais rápida que a arma de fogo que os portugueses ofereceram. A pólvora começou a ser negociada em troca de escravos japoneses por comerciantes portugueses. Hideyoshi procurou então o missionário Gaspar Coelho e perguntou a respeito da escravidão de japoneses. Gaspar Coelho além de fingir que não sabia de nada, disse também que não estava envolvido e que a culpa era dos próprios japoneses. Foi a principal causa que causou repúdio do Hideyoshi a respeito dos missionários cristãos, emitindo o decreto para expulsar todos do Japão, proibindo o cristianismo no Japão, fechando totalmente o país para entrada de qualquer estrangeiros.
O plano da Espanha era colonizar o Japão e a China, segundo uma carta de um missionário Alessandro Valignano em 1582 diz o seguinte:
“Sua Excelência converter o Japão é um dos mais importantes projetos na igreja de Deus. Porque as pessoas têm um muito bom costume são nobres guerreiros, que costumam seguir os ditames da razão. Não vejo vantagem em realizar conquistas desta terra que é pobre e estéril, porém as pessoas são corajosas e já possuem treinamento militar. De fato a terra não pode ser conquistada, no entanto o Japão é um boa passagem até a China.”
do missionário Francisco Cabral para o Rei da Espanha:
“Será necessário de 7 a 8 mil guerreiros ou até 10 mil para conquistar esta terra. Podemos mandar guerreiros japoneses convertidos ao cristianismo para o campo de batalha, cerca de 3 mil guerreiros.”
Uma boa parte das Filipinas fora colonizada pela Espanha em 1571, e os planos eram colonizar o Japão e a China. Há registros de pedido de envio de guerreiros japoneses para combate na Coréia por Gaspar Coelho. O plano era fazer o Japão derrubar a Coréia, China e a Espanha se apoderar de tudo.O mais interessante é que um ano depois de Hideyoshi expulsar os missionários do Japão (1587) e fechar o país, a Espanha foi derrotada pela Inglaterra (1588), mesmo com os espanhóis atacando com “A Invencível Armada“.
Agora existem sites cristãos contando sua versão, alegando que o Japão era um país atrasado, e que o cristianismo trouxe para o Japão escolas, hospitais, asilos e orfanatos. Ora ora, é de cultura japonesa cuidar dos pais velhos e no Japão nunca existiu costume de mulher não poder estudar, tanto que um dos primeiros romances expedidos no mundo foi de uma escritora japonesa chamada Murasaki Shikibu no começo do século XI. Na mesma época as mulheres na Europa eram atiradas em fogueiras acusadas de bruxarias só por ter um livro em casa ou preparar remédios com ervas medicinais… A mulher sempre foi tida como inferior na tal da moral cristã. Por muito tempo muitos pais não queriam filhas “doutoras” e as mandavam para escolas de freiras. Basta ver como o “livro sagrado” trata as mulheres:
“E à mulher [Deus] disse: multiplicarei grandemente a tua dor e a tua concepção, com dor terás filhos; e o teu desejo para o teu marido, e ele te dominará.”Gênesis, 3:16
“Se uma mulher conceber e tiver um varão, será imunda sete dias… Mas se tiver uma fêmea, será imunda duas semanas.” - Levítico, 12:2-5
“Também toda a roupa e toda a pele em que houver semente de cópula, se lavará com água, e será imundo à tarde. E também a mulher, com quem homem se deitar, com semente de cópula, ambos se banharão com água, e serão imundos até à tarde. Mas se a mulher, quando tiver fluxo, e o seu fluxo de sangue estiver na sua carne, estará sete dias separada, e qualquer que a tocar será imundo até à tarde. E tudo aquilo sobre o que ela se deitar durante a sua separação, será imundo. E qualquer que tocar a sua cama, lavará a sua roupa e se banhará com água, e será imundo até à tarde. E qualquer que tocar alguma coisa, sobre o que ela se tiver assentado, lavará a sua roupa e se banhará com água e será imundo até à tarde… E se, com efeito, qualquer homem se deitar com ela, e a sua imundice estiver sobre ele, imundo será por sete dias também toda a cama sobre que se deitar será imunda… Esta é a lei daquele que tem o fluxo, e daquele de quem sai a semente da cópula, e que fica por ela imundo. Como também da mulher enferma na sua separação, e daquele que padece do seu fluxo, seja varão ou fêmea, e do homem que se deita com mulher imunda.” - Levítico, 15:17-33
“Vós, mulheres, estais sujeitas aos vossos próprios maridos, como convém ao Senhor.”Aos Colossenses, 3:18
“Semelhantemente, vós mulheres sêde sujeitas aos vossos próprios maridos.” – 1 Pedro, 3:1
“Igualmente vós, maridos, coabitais com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco.”1 Pedro, 3:7
“Mas quero que saibas que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher.” - 1 Aos Coríntios, 11:3
“Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem.” - 1 Aos Coríntios, 11:9
“Mas se te apartaste do teu marido, e te contaminaste, e algum homem, fora de teu marido, se deitou contigo: então o sacerdote conjurará a mulher com a conjuração da maldição; o sacerdote dirá a mulher: o Senhor te ponha por maldição e por conjuração no meio do teu povo, fazendo-te o Senhor descair a coxa e inchar o ventre. E se esta água amaldiçoada entre nas tuas entranhas, para te fazer inchar o ventre, e te fazer descair a coxa. Então a mulher dirá: Amén, amén.” - Números, 5:20-22
“Porém se este negócio for verdade, que a virgindade se não achou na moça. Então levarão a moça à porta da casa de seu pai, e os homens da sua cidade apedrejarão com pedras, até que morra.”Deuteronômio, 22:20-21
“Ora a que é verdadeiramente viúva e desamparada espera em Deus, e persevera da noite e de dia em rogos e orações. Mas a que vive em deleite, vivendo está morta.” - 1 Timóteo, 5:5-6
“As mulheres estejam caladas nas igrejas, porque lhes não é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei.”1 Aos Coríntios, 14:34
“A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o seu marido, mas que esteja em silêncio.” - 1 Timóteo, 2:11-12
“Vós, mulheres, sujeitai-vos aos vossos maridos, como ao Senhor. Porque o marido é a cabeça  da mulher, como também Cristo é a cabeça da Igreja.”Efésios, 5:22-23
O Cristianismo veio do Judaísmo, uma religião tão machista que existem celebrações em que os homens agradecem à Deus por não terem nascido mulher. Dá ter uma idéia de como o Cristianismo tem uma boa raiz. De fato o Japão ainda é um país meio machista, mas é bom lembrar que não há registro de japoneses jogando mulheres na fogueira ou praticando mutilação genital… Hoje em toda Ásia o Japão é o país que melhor trata as mulheres.
Podemos concluir o quanto foi benéfica ao Japão. A expulsão dos jesuítas impediu que o Japão de se transformar numa nova Filipinas (o único país asiático de maioria cristã e dona de dados sociais deprimentes e sem nenhum sinal de progresso). Atualmente, Japão é religiosamente dominado Budismo e Xintoísmo (uma religião não teísta e outra panteísta) e o Cristianismo representa menos de 1% da população ( um pouco mais de um milhão de pessoas, a maior parte imigrantes descedentes), a maior parte dos cristãos japoneses se encontram na parte sul do país e na ilha de Shikoku, que não atoa são as regiões mais pobres do Japão, que é dona de um dos melhores dados sociais do mundo e sem nenhuma ajuda da moral cristã.
Nós, ateus que moram no Japão somos eternamente gratos ao Toyotomi Hideyoshi por arrancar esse câncer do país e nos ter permitido a viver numa terra laica longe de fanatismo e dogmas religiosos.
Fontes: livros e sites da história do Japão (em japonês

O cristianismo no Japão


Centenário da Imigração
Japonesa
BANZAI!
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Monte Fuji

João Cruzué

texto revisado

O cristianismo chegou ao Japão em 1542 levado pelo sopro dos ventos que impulsionavam as caravelas portuguesas. Comerciantes e jesuítas portugueses aportaram na Ilha de Kyushu levando duas coisas bem diferentes: armas de fogo e a religião cristã.


O Shogum,
(sho = comandante, general, + gun= exército, tropas, militar) o senhor feudal japonês, deu as boas-vindas ao comércio exterior e aceitou os missionários católicos, fascinado apenas pelas armas. Diante das demonstração do fogo das armas municiadas à polvora, eles concluiram que o dai-shô (a katana e a wakizashi), o conjunto de espadas longa e curta dos samurais, precisava da companhia de uma arma de longo alcance.

Os jesuítas liderados por São Francisco Xavier chegaram a converter e batizar a muitos, incluindo tanto camponeses quanto pessoas da classe dominante, próximas do shogun. Xavier orientou seus companheiros para aprender o Kanji, e daí surgiu o "romanji" - um mistura de latin com a língua nativa para uso no catecismo e na celebração das missas. Duas missões foram construídas, sendo uma delas no ano de 1550 na capital imperial - Kyoto. Havia interesse indireto do shogunato em permitir a introdução de uma nova religião em seus domínios, pois planejavam com isso quebrar a força dos monges budistas e do shintô.


Por volta do
fim do século XVI, uma idéia sombria pairava sobre o sucesso da primeira missão, no Oeste do Japão. O shogunato passou a suspeitar de que os comerciantes e jesuitas eram na verdade infiltrados de táticas de conquista das potências ocidentais. A isso também foi levado em conta a forma grosseira com que alguns comerciantes tratavam os nativos. Já não eram mais vistos com bons olhos.


Por isso, em 1587,
o xogum Toyotomi Hideyoshi proclamou um edito expulsando os missionários cristãos da Ilha de Kyushu. Nenhum franciscano ou jesuíta poderia mais desembarcar ali, a partir de 1593. Mesmo assim os jesuítas continuaram ativos no país. Então Hideyoshi intensificou a perseguição. Em 1597 ele proclamou um novo edito de banimento e como aviso executou ao fio da espada 26 missionários franciscanos em Nagasaki.

Depois dele
outro xogum, Tokugawa Ieyasu, e seus descendentes continuaram a perseguir os camponeses cristãos nativos através de vários editos. Em 1637 houve uma revolta conhecida como a rebelião de Shimabara, onde 30.000 camponeses cristãos enfrentaram o exército de 100.000 guerreiros samurais do Castelo de Edo, da família Tokugawa. A rebelião foi esmagada com um alto custo para o exército do Shogum. No ano seguinte - 1638 - o cristianismo estava oficialmente extinto no Japão.

Em 1853, o Japão
saiu do isolamento e reabriu as portas para uma nova interação comercial com o Ocidente. Missionários de todas as religiões: católicos, protestantes e ortodoxos foram enviados para lá, apesar da proibição. Em 1871, depois da restauração Meiji, a liberdade religiosa foi introduzida definitivamente pela Constituição Meiji, dando as comunidades cristãs existentes os direitos de existência legal e da livre pregação do evangelho.

A restauração Meiji foi uma sucessão de fatos que levaram o Japão a deixar o obsoleto sistema feudal para se tornar uma potência mundial nas décadas a seguir. Um desses acontecimentos foi a quebra da tradição com a mudança empreendida pelo Imperador Meiji, de Kyoto, a capital imperial, para estabelecer sua residência oficial no Castelo de Edo - a sede do shogunato da poderosa família Tokugawa. O Castelo de Edo e seus arredores vieram a se transformar em Tokyo (Capital do Leste), a grande metrópole japonesa. Com a mudança do imperador e a reabertura dos portos para o comércio exterior a era dos samurais e do feudalismo no Japão chegou ao fim.

A liberdade religiosa não foi o bastante para fazer do cristianismo uma religião popular no Japão. Ele tem crescido a taxas minúsculas; os cristãos são apenas cerca de 1 a 1,5% de uma população de 127 milhões.

Os símbolos cristãos
têm sido mal compreendidos no Japão porque a forma de transmitir a mensagem do evangelho talvez não esteja adequada à compreensão nativa. A cultura japonesa tem olhos diferentes para pesar o valor das coisas. Para um japonês é incomum e até mesmo considerado de péssimo gosto, por exemplo, a construção de um templo em uma rua ou avenida movimentada, afirmam alguns analistas cristãos.

Por outro lado
há coisas que os atraem no cristianismo, como por exemplo, a celebração da Santa Ceia. eles entendem bem a mensagem de um memorial de Cristo cujo corpo é o pão que é partido por nós. Eles são simpáticos a oportunidade que existe no final da missa/culto, principalmente de celebração da eucaristia/ceia, para por em dia o relacionamento social, reportou um padre católico. Leia aqui: A História do Pentecoste no Japão

Fontes de pesquisa
: textos em inglês na WEB de autorias não conhecidas.


João Cruzué

Para o Blog Olhar Cristão

cruzue@gmail.com

Como é a religião de Cuba?

Melhor resposta - Escolhida pelo autor da pergunta

A religião em Cuba reflete os diversos elementos culturais da ilha de Cuba, que é tradicionalmente um país católico, mas geralmente o catolicismo lá praticado é muito modificado e influenciado pelo sincretismo. Uma crença comum sincrética, é a Santeria, que se originou em Cuba, e se espalhou para ilhas vizinhas, que mostra semelhanças com a Umbanda do Brasil e tem recebido um grau de apoio oficial.


Catedral de Matanzas 1906A Igreja Católica Romana estima que 60% da população é católica. A quantidade de membros em igrejas Protestantes é estimado em 5 por cento e inclui Batistas, Pentecostais, Testemunhas de Jeová, Adventistas do Sétimo Dia, Presbiterianos, Anglicanos, Episcopaliana, Metodistas, Sociedade Religiosa de Amigos (Quakers), e Luterana. Outros grupos incluem a Igreja Ortodoxa Grega, a Igreja Ortodoxa Russa, Muçulmanos, Judeus, Budistas, Fé Bahá'í, e A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (mórmons). A imigração chinesa trouxe o Budismo, Confucionismo e Taoísmo. O restante da população é ou não praticante de qualquer religião particular, ateu ou agnóstico

Fonte(s):

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Religião em Cuba
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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A religião em Cuba reflete os diversos elementos culturais da ilha de Cuba, que é tradicionalmente um país católico, mas geralmente o catolicismo lá praticado é muito modificado e influenciado pelo sincretismo. Uma crença comum sincrética, é a Santeria, que se originou em Cuba, e se espalhou para ilhas vizinhas, que mostra semelhanças com a Umbanda do Brasil e tem recebido um grau de apoio oficial.

Catedral de Matanzas 1906
A Igreja Católica Romana estima que 60% da população é católica. A quantidade de membros em igrejas Protestantes é estimado em 5 por cento e inclui Batistas, Pentecostais, Testemunhas de Jeová, Adventistas do Sétimo Dia, Presbiterianos, Anglicanos, Episcopaliana, Metodistas, Sociedade Religiosa de Amigos (Quakers), e Luterana. Outros grupos incluem a Igreja Ortodoxa Grega, a Igreja Ortodoxa Russa, Muçulmanos, Judeus, Budistas, Fé Bahá'í, e A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (mórmons). A imigração chinesa trouxe o Budismo, Confucionismo e Taoísmo. O restante da população é ou não praticante de qualquer religião particular, ateu ou agnóstico.[1]
História
Após a Revolução de 1959, Cuba se tornou oficialmente um ateísmo de estado e a prática religiosa restrita. De 1959 a 1961 oitenta por cento dos padres católicos e ministros protestantes profissionais deixaram Cuba para os Estados Unidos. As relações entre o novo governo e congregações foram tensas, o novo governo cubano era muito restrito e suspeitava de operações da igreja, culpando-os de colaboração com a CIA durante a Invasão da Baía dos Porcos e armazenamento de armas prevendo uma "contra-revolução".
As relações do governo de Fidel Castro com a Igreja Católica tem passado por momentos distintos. Até há alguns anos, os católicos não podiam fazer parte do Partido Comunista de Cuba, atualmente não é assim, e vários membros do Conselho de Igrejas de Cuba são deputados. É habitual que as igrejas sejam aproveitadas para realizar atividades comunitárias.
Desde 1992, as restrições foram flexibilizadas e desafios diretos pelas instituições estatais para a direita para se liberar um pouco, embora a igreja ainda enfrente restrições de escrita e comunicação eletrônica, e só podem aceitar doações de estado de fontes de financiamento aprovadas.
A Igreja Católica Romana é composta pela Conferência dos Bispos Católicos de Cuba (COCC), liderada por Jaime Lucas Ortega y Alamino, o Cardeal Arcebispo de Havana. Tem onze dioceses, 56 ordens de freiras e 24 ordens de sacerdotes.
Em janeiro de 1998, Papa João Paulo II faz uma histórica visita à ilha, a convite do governo cubano e a Igreja Católica.
Em 20 outubro 2008, a primeira igreja russa em Cuba é aberta durante uma cerimónia oficial na presença de Raul Castro.[2]
Grande parte da cultura cubana mostra a influência dos sincretismos como a santeria, que interpreta os santos católicos como divinidades africanas da religião yoruba.
Outras tradições religiosas
Raízes
O processo da formação das distintas religiões em Cuba está marcado principalmente pelo sincretismo religioso. Esta baseia-se na ligação de várias religiões e culturas, que basicamente derivam das religiões africanas e do catolicismo espanhol. Antes de 1742 a religião em Cuba era muito primitiva. Os nativos tinham alguns rituais simples para atrair a chuva e melhorar as culturas. Em virtude de não haver um idioma desenvolvido entre os grupos nativos que povoavam a ilha pesquisadores basearam-se em restos encontrados nas zonas montanhosas como pequenos ídolos de pedra ou madeira, para afirmar que adoravam alguns elementos da natureza como a água e o fogo.
Religiões africanas
É registrado que no período compreendido entre 1801-1865 foi a maior entrada de escravos em Cuba. Como resultado, essas pessoas que tiveram seus costumes arrebatados, cultura e ideologias se veem praticamente obrigadas a resgatar de alguma forma suas tradições. Esta forma não é outra que o sincretismo religioso. Aos escravos era proibido praticar sua religião e eram obrigados a reverenciar aos santos católicos, por isso começaram a denominar estes santos como seus próprios ídolos, por exemplo Santa Bárbara é também conhecida como Chango, la Virgen de la Caridad é chamada de Ochun etc. Embora a sociedade cubana ser oficialmente formada de ateus, uma grande proporção da população prática Santeria ou Regla de Ocha.
Estas são religiões consideradas por alguns como politeista, que cada pessoa que nasce estaria sob a proteção de um santo ou Orisha que devem reverenciar por vida através de alguns sacrifícios. Estes sacrifícios baseiam-se na oferenda de algum tipo de comida correspondente ao Orisha, tocar o instrumento que lhe agrada, e inclusive dançar para seu santo. Os sacerdotes desta religião são conhecidos como santeros ou santeras, e a autoridade superior é ocupada pelos babalaos da Regla de Ocha, aqueles que são sacerdotes especializados que realizam estudos e depois de uma série de rituais alcançam esta posição de preferência.
Sincretismo

Caridad del Cobre Nossa Senhora da Caridade, Padroeira de Cuba
A Santería foi desenvolvida fora das tradições Yoruba, um dos povos africanos, que foram importados para Cuba durante os séculos 16 a 19 para trabalhar nas plantações de cana de açúcar. A Santeria combina elementos do cristianismo e das crenças da África Ocidental e, como tal, tornou possível para os escravos manter as suas crenças tradicionais, enquanto mostravam praticar o catolicismo.
La Virgen de la Caridad del Cobre (Nossa Senhora da Caridade) é a padroeira de Cuba, e é muito venerada pelo povo cubano e vista como um símbolo de Cuba. Na Santeria, ela foi sincretizada com a deusa Ochún. O importante festival religioso "La Virgen de la Caridad del Cobre" é celebrado anualmente pelos cubanos em 8 de setembro. Outras religiões são praticadas Palo Monte, e Abakuá, que têm grande parte da sua liturgia em línguas africanas.
Orishas mais populares
  • Eleggua: É conhecido por ser o guardião dos caminhos. Eleggua é invocado primeiro antes de iniciar qualquer ritual. Ele é reconhecido por punir aqueles que não o reverenciam e lhe são atribuídos os números 3 e 21, e as cores preto e vermelho.
  • Obatalá: É considerado o criador do mundo e pai de todos os orishas bem como o deus da paz. Seus números são 8 e 16 e lhe atribuem a cor branca.
  • Yemayá: É a rainha dos mares e protetora das mães. É prudente e sábia. Seu número é o 7 e suas cores o azul e o branco. É sincretizada com "la Virgen de Regla".
  • Oshun: É a rainha dos rios, dos lagos e do ouro. É conhecida por muito sensual e doce. Seus colores são e amarelo e o dourado e seu número o 5. É sincretizada com "la Virgen de la Caridad".
  • Chango: Deus da virilidade e da força, representa a sexualidade. Seus números são o 4 e o 6 e seus colores o vermelho e o branco. É sincretizado com Santa Bárbara
  • Oggun: Deus do ferro e dos minerais, gosta da guerra, por isso não é bem-vindo entre os outros santos. É simbolizado pelos machados, martelos e outros instrumentos feitos de ferro e metal. Seus colares e suas cores são o preto e o verde e seu número é o 7.
  • Babalú Ayé: Deus das enfermedades, protetor dos enfermos e dos animais. Tm o poder de ver o futuro. Seus colores são o violeta e o carmelita, seu numero o 17. É sincretizado com São Lázaro
oya: deusa das centellas e dos ventos furacões e é responsável por receber os mortos na entrada do cemitério. Seu número é 9, a cor carmelita. É sincretizada com a "Virgen de la Candelaria" e com Santa Teresita.
Ver também