segunda-feira, 16 de abril de 2012

Uma das vítimas do grupo canibal pode ser paraibana


A polícia procura os corpos e parentes de outras vítimas do trio suspeito de matar, comer e usar como matéria-prima para coxinhas e empadas mulheres no Estado de Pernambuco.
O delegado responsável pelo caso, Weslei Fernandes, afirma que oito mulheres foram vítimas do trio, mas os pedaços dos corpos de apenas duas delas foram encontrados até agora.
Agora, o delegado procura os restos mortais e os parentes das outras vítimas para identificá-las. Há a suspeita de que uma delas era do Rio Grande do Norte e outra da Paraíba.
A primeira vítima de que se tem notícia, segundo informações do agente da 2ª Delegacia de Garanhuns (PE), Demócrito Honorato, foi a moradora de rua Jéssica Camila da Silva Pereira, de 17 anos, abordada pelos acusados, em 2008, no bairro de Boa Viagem, em Recife.
Convidada a trabalhar como doméstica para os três, foi, com a filha de então dois anos, para a cidade de Olinda, onde foi esquartejada após querer ir embora. A criança ficou sob a guarda do trio, que a utilizava para ofertar emprego de babá a outras mulheres. Uma das integrantes do grupo, Bruna Cristina de Oliveira da Silva, 22, passou a utilizar o nome de Jéssica.
Foi após esse homicídio, segundo o agente Demócrito Honorato, que Jorge, Bruna e a terceira componente, Isabel Cristina Pires da Silveira, foram morar em uma cidade do interior da Paraíba.
“Mas, não posso revelar o nome da cidade, para não atrapalhar as investigações. O que posso adiantar é que o homem, Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, parece ter respondido a um processo de um homicídio nessa cidade, mas, como não havia provas concretas, ele não foi condenado”, disse.
A suspeita, porém, é de que, durante a estada dos acusados, uma mulher desse município tenha sido mais uma vítima do trio, embora o agente não confirme se o processo respondido por Jorge tenha relação com os casos descobertos na última quarta.
Grupo canibal
Grupo canibal
O delegado afirma que os assassinatos faziam parte de rituais. As vítimas eram mortas a facadas e esquartejadas. Em seguida, o trio bebia o sangue e se alimentava da carne das mulheres mortas por quatro dias.
— Eles falaram que esse era um período de purificação, em que só comiam a carne humana. Os restos eram enterrados. Pelos relatos, parece coisa de filme.

Os suspeitos usavam parte da carne das nádegas e das coxas das vítimas no recheio de salgados como coxinhas e empadas, que eram vendidas na cidade de Garanhus.
Ainda de acordo com a investigação, as vítimas eram atraídas pelos suspeitos com ofertas de emprego. Os depoimentos apontam que os criminosos escolhiam as mulheres que eles acreditavam serem "pessoas más".
Os investigadores descobriram que uma das mulheres presas suspeita dos crimes usava uma identidade falsa. O documento pertencia a uma das mulheres mortas pelos criminosos em 2008.
A Polícia Civil investiga se uma criança encontrada com os suspeitos era filha dessa vítima. A menina de cinco anos foi encaminhada para o Conselho Tutelar e, segundo conselheiros, está bastante abalada.
De acordo com o delegado, a criança também era alimentada com carne humana. A polícia investiga, inclusive, se os suspeitos teriam dado carne da mãe à garota, logo após seu assassinato.

Da redação com r7 e Jornal Correio da Paraíba

Nenhum comentário:

Postar um comentário