quarta-feira, 25 de abril de 2012

23 de Abril de 2012

Escavações nas casas de canibais na PB sem data para começar

Escavações nas casas de canibais na PB sem data para começar
A Polícia Civil da Paraíba ainda não sabe quando terão início as escavações nas duas casas localizadas no município do Conde, a 17 km de João Pessoa, onde o trio de esquartejadores preso no último dia 11 em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, morou por cerca de três meses. De acordo com o delegado titular do Conde, Elias Rodrigues, a demora no início do processo se deve a questões de logística.

"Ainda precisamos nos reunir com os peritos e coordenadores do Instituto de Criminalística para coordenar a operação. Por enquanto, estamos nos concentrando em organizar essas buscas por possíveis vítimas nas casas onde eles moraram e na coleta de depoimentos de pessoas que possam ter tido contato com eles para ratificar quanto tempo o trio realmente morou na cidade", explicou.

Segundo a Polícia Civil de Pernambuco, Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, de 50 anos, a esposa dele, Isabel Cristina Pires, 50, e a amante Bruna Cristina Oliveira da Silva, 25, não teriam confessado nenhum homicídio na Paraíba, onde moraram após sair de Rio Doce, entre 2008 e 2009. Ainda assim, as buscas serão feitas. Segundo o delegado Elias Rodrigues, nas diligências realizadas no município paraibano foi localizada uma possível vítima dos assassinos que sobreviveu.

"No livros, os suspeitos se referem a uma vítima que teriam feito na cidade do Conde, chamada Iolanda. Segundo eles, ela seria empregada doméstica. Nós localizamos uma mulher com essas características, que afirma ter sido contactada por um casal pernambucano para trabalhar na casa deles, cuidando de uma criança. Segundo ela, a negociação não teria dado certo e por isso acabou não trabalhando para eles", contou o delegado Elias Rodrigues.

Ainda segundo o delegado, a polícia tem informações de que Jorge Negromonte, apontado como o líder do grupo, chegou a ser internado no Hospital Psiquiátrico Colônia Juliano Moreira, em João Pessoa. O prontuário dele já foi requisitado e deve estar ainda hoje na Delegacia do Conde.

No último sábado (21), em Rio Doce, Olinda, a Polícia Civil encontrou restos mortais enterrados na casa onde os três acusados moraram em 2008. Os ossos, provavelmente, são da adolescente Jéssica Camila da Silva Pereira, desaparecida há quatro anos e supostamente a primeira vítima dos suspeitos.

O trio foi preso depois que a família de uma das vítimas levou à delegacia uma fatura de cartão de crédito apontando que estariam fazendo compras no comércio de Garanhuns com a documentação dela, que estava desaparecida. Jorge Beltrão, a esposa dele, Isabel Cristina Pires, e a amante, Bruna de Oliveira, foram presos depois de confessar ter matado e esquartejado duas mulheres e depois enterrá-las no quintal de casa.

Na casa onde eles moravam em Garanhuns, a polícia encontrou os corpos de Giselly Helena da Silva, 31, e de Alexandra Falcão da Silva, 20. Eles confessaram ter matado, esquartejado e praticado canibalismo, além de produzir empadas e coxinhas com a carne das vítimas e comercializá-las no Centro da cidade.



Redação

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