quarta-feira, 25 de abril de 2012

RELIGIÕES NO JAPÃO

(por Rosa T. Sonoo)


O XINTOÍSMO (SHINTOU)

A religião xinto nasceu no Japão. Deus do xinto chama-se KAMI-SAMA.

A maioria das pessoas pensa que é o budismo mas xintoísmo é a religião originária do Japão.

A deusa Amaterasu Oomikami, a deusa do sol, é a primeira filha do Deus Xinto que é descendente do primeiro imperador do Japão.

O xintoísmo é a religião que vem do naturalismo e do animismo dominantes entre os japoneses primitivos que viam a divindade em todos os fenômenos impressionantes da natureza bem como nos espíritos dos mortos.

"Xinto" significa "o caminho das divindades" e tornou-se uma religião da comunidade com santuários e deuses guardiões locais.

O povo japonês, até hoje, costuma ter na sua casa um altar com nome dos seus antepassados que são cultuados diariamente, oferecendo alimentos simbólicos e o culto propriamente dito com rezas para purificar os espíritos que já se foram e aos que ainda estão vivos.

No atual Japão, a liberdade de religião é assegurada a todos pela Constituição de 1946 que preceitua: "Nenhuma organização religiosa receberá privilégio do Estado nem exercerá qualquer autoridade política. Nenhuma pessoa será obrigada a participar de qualquer ato religioso."

Portanto, o povo japonês é harmonioso, não fazendo distinção de religiões. O xintoísmo existe lado a lado com o budismo e o povo japonês os aceita com maior naturalidade. Muitos dos japoneses levam seu filhos, de 7, 5 e de 3 anos que é chamado de festival de SHICHIGOSAN (festival dos 7-5-3) para o templo xintoísta a fim de rezar pela saúde e sucesso dos seus filhos. E quando se casam, fazem a cerimônia com o ritual dos xintoístas, porém quando morrem, seus funerais são realizados de acordo com o ritual budista.

Ao visitar um templo, distingui-se pelas cores. O templo dos xintoístas tem sempre um Torii, o portal logo na entrada e as cores predominantes são vermelha e dourada.

O templo budista predomina com as cores preta, violeta e dourada. No altar sempre está presente o grande buda, originário da Índia.

O mito da origem divina da família imperial tornou-se base da religião de xinto. Por isso o imperador também foi considerado Deus do povo japonês até o término da Segunda guerra mundial em 1945. Atualmente, de acordo com a nova Constituição pós-guerra, o imperador é o símbolo da nação e da unidade do povo, derivando sua posição da vontade do povo, no qual reside o poder soberano, mas o imperador não tem poder relacionado ao governo.

O BUDISMO NO JAPÃO (BUKKYOU)

Por outro lado, a religião budista é originária da Índia, chegando ao Japão através da China e da Coréia em 593 DC, no século 6 na época do regente Shoutaku Taishi.

Deus da religião budista chama-se HOTOKE-SAMA.

Após receber o apoio da casa imperial, o budismo foi se propagando pelas autoridades por todo o Japão.
No início do século 9, o budismo japonês começou uma nova Era, atraindo principalmente os aristocratas da corte, contribuindo para o desenvolvimento da cultura.

O período Kamakura, entre 1.192 a 1.333, século 12, foi uma Era de grande conflito político e social. O budismo era uma esperança para salvação entre os guerreiros e os camponeses.

O CRISTIANISMO NO JAPÃO (KIRISUTO KYOU)

O cristianismo foi introduzido no Japão em 1.549, século 16, pelo missionário português, Jesuíta São Francisco Xavier.

Como era uma época de conflito intenso interno no Japão e de comoção, o cristianismo foi bem recebido por aqueles que necessitavam de um novo símbolo espiritual.

Havia também outro da intenção: aqueles que esperavam obter benefícios comerciais ou uma nova tecnologia de armas de fogo.

Com isso, proibiram o cristianismo no Japão, considerando-o subversivo à nação.

O terceiro General Tokugawa fez acabar com cristianismo, fechando todos os portos em 1.638, século 17, proibindo qualquer contato com o ocidente.

Somente alguns holandeses e comerciantes chineses tinham permissão para entrarem somente no porto de Nagasaki, na 4ª ilha do Japão.

O cristianismo ficou proibido, banido, durante 250 anos, até meados do século XIX quando o Japão reabriu suas portas para o resto do mundo.

O Japão recomeçou contatos com o ocidente em 1.850 quando da chegada do americano Commodore Matthew C. Perry com seu navio negro, atracando na baía de Tóquio no porto de Uraga, começando assim o intercâmbio comercial e cultural ocidental.

Segundo a estatística, hoje os protestantes superam os católicos.

O CONFUCIONISMO NO JAPÃO

O confucionismo tem sido considerado no Japão, mais um código de preceitos morais do que como uma religião.

O confucionismo foi introduzido no Japão no início do século VI e exerceu influência marcante sobre o pensamento e o comportamento dos japoneses até o fim da segunda guerra mundial quando começou o seu declinio

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