Religioso islâmico é preso por falsificação de provas no caso de menina paquistanesa acusada de blasfêmia

Testemunha disse que imame falsificou provas contra a menina.
Garota foi presa após ser acusada de queimar folhas do Alcorão.
A
polícia paquistanesa deteve um imame (autoridade religiosa islâmica)
vinculado ao caso da menina cristã presa por blasfêmia após supostamente
queimar folhas do Alcorão, informou neste domingo (2) o canal de
televisão "Geo".
A
detenção aconteceu porque uma testemunha, Hafiz Muhammad Zubair,
declarou no sábado que o imame, Khalid Jadoon, falsificou provas contra a
menina, Rimsha Masih, ao acrescentar folhas do livro sagrado do Islã às
quais supostamente a menor tinha queimado.
A
detenção dá uma reviravolta inesperada no caso, depois que o tribunal
que julga a suposta blasfêmia adiou para segunda-feira (3) uma possível
decisão de libertá-la após o pedido da família da menor de mudar a
defesa da acusada.
Risha
se encontra presa desde que no dia 18 de agosto saiu para buscar papel
para usar como combustível em sua casa e segundo testemunhas recolheu
por erro escritos do Alcorão em um exemplar do Qaida Nurani, um método
para aprender a ler o livro sagrado muçulmano.
Desde
então permanece na prisão de Adiala, em Rawalpindi, apesar dos
protestos de grupos de direitos humanos e organizações religiosas
moderadas, e os duros castigos estipulados nas leis antiblasfêmia no
Paquistão.
Esses
grupos denunciam que as leis antiblasfêmia são com frequência
utilizados para resolver querelas pessoais e que a menina, de 14 anos,
sofre além disso de uma deficiência mental que a impede de ser
plenamente responsável por seus atos.
O
caso elevou a tensão entre a maioria muçulmana e a minoria cristã no
subúrbio de Mehrabadi, em Islamabad, onde a menor mora e da qual
centenas de famílias cristãs fugiram por medo de represálias de radicais
islâmicos.
Fonte: G1
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